quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CORAGEM DE SE EXPOR!

Queridos leitores que tem acompanhado esse Blog, quero que saibam que o objetivo de estar postando fatos de minha vida e de minha família não é para provocar sentimento de pena  ou auto piedade, mas sim  para testemunhar que Jesus Cristo tem sido  a nossa força nos momentos difíceis.

"Quando andar em trevas e não tiver luz nenhuma, confie  no nome do Senhor e firme-se sobre o seu Deus." Isaías 50.10b

        

No ano de 2007 quando eu estava com 38 anos e meu esposo com 39 já haviam se passado dois anos desde o dia em que ele foi assaltado e baleado ficando em uma cadeira de rodas com o diagnóstico -"tetraplégico". Abaixo segue relato de como me senti em uma noite do ano de 2007...

"Me sinto uma criança diante de Deus, tudo que já vivi foram experiências que marcaram muito a minha vida. Sei que a vida do cristão é cheia de provas e lutas gerando em nós um crescimento, mas nada se compara a esse momento."
Talvez você se sinta como eu, e não tenha coragem de se expor, de contar para alguém e não tenha ninguém em quem confiar , e esta confiança seja o suficiente para abrir o seu coração.

Os sentimentos se confundem, solidão, desamparo, grande responsabilidade e desejo que saibam o meu sentimento, sentimento este que não consigo explicar. Só sei que neste momento não tenho para quem falar!

Mas sei que como filha tenho direito a um colo, carinho, toque de um amigo que compartilhe comigo este momento que parece de total abandono. Eu estou lutando contra tudo, e contra qualquer sentimento que venha fazer me esquecer que "sou vencedora", mas confesso, não é fácil.
Na infância fui educada na exigência de ser responsável, honesta e não me curvar diante de qualquer situação. Para quem não conhece a realidade da situação em que vivo hoje, não conseguirá entender ou definir a proporção do que tenho passado. Vou tentando digerir tudo, crendo que algo vai acontecer e que Deus esta trabalhando por mim e pela minha família. Ele sabe o meu limite e eu sei que não vou mendigar o pão. Ele sabe que irei ver os meus discípulos (filhos) na presença do Senhor.

Vou contemplar meus netos como adoradores de Deus, e isso é viver de fé em fé, de vitória em vitória. 

Nós temos que viver a cada dia na certeza que a cada dia Deus proverá o necessário. Sim, Ele proverá força, pão, vestimenta e tudo mais conforme a sua fidelidade.
Peço a Deus que me dê sabedoria e que seja obediente para que eu não fique dando voltas no deserto sem sair do lugar e neste deserto sei que terei a nuvem da glória de Deus sobre a minha vida.


Em provérbios de Salomão está escrito: "A mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola com as próprias mão a destrói." Peço a Deus sabedoria para ajudar o meu esposo, pois para ele não é fácil, um Pastor "Homem de Deus, estar sendo provado desta maneira. Um dia ele saiu pela manhã andando e de repente volta para casa em uma cadeira de rodas.


         
Sua rotina diária era acordar as 5h da manhã para orar, as 7h retornava para casa para levar as crianças (Rosane e Felipe) para escola e logo depois seguia para o trabalho. As 12h ele retornava, almoçávamos então eu ia para a universidade e ele seguia novamente para o trabalho. No final do dia nós dirigíamos os cultos.
Um dia pela manhã, ele fez tudo igual como os outros dias... foi orar, foi a escola e neste dia ele não apareceu para almoçar.
Neste dia ele não voltou andando...e assim foi passando os dias.
E assim foi, mas um dia...
Outro dia...
Uma noite...
Outra noite...
E ele entra em casa, em uma cadeira de rodas!
Como qualquer pessoa (é o que pensava) nossas vidas foram destruídas, como um lindo castelo de areias, foi destruído com um assalto que mudou toda a nossa história.


Foi no dia 17 de fevereiro de 2000, eu estava trabalhando na Escola Classe da 120 de Samambaia- Sul (Brasília -DF), e de repente ouvi muito barulho e correria, as pessoas gritavam vindo ao meu encontro, falando que algo havia acontecido com meu esposo e eu não conseguia entender a gravidade do que tinha acontecido. Fui levada a sala onde meu filho estudava, e lá estava meu esposo, deitado, todo ensanguentado, naquele dia começava uma nova prova de fé para mim e para toda a minha família.

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